Por Deley de Acari
Bulbul mereceu um obtuário de meia pagina no O Globo.
O obtuário destaca sua carreira inicial de manequim e a carreira
cinematografica televisa e como ator. Obviamente o obtuário omitiu sua
participação em filmes politicos como "parceiros de aventura" e
"a hora e a vez de augusto madraga". Nem revelaria também que Bulbul
foi um dos principais divulgadores e "multiplicadores" do socialismo
africano" no Brasil. Quando voltou do exilio, na frança e 1977 trouxe na
bagagem textos dos Panteras Negras, Frantz Fanon, Julius Nierere, Aimê Cesaire.
EM 1978 realizou no MAM um grande festival de arte negra que abriu caminho para
artistas negros revolucionários. foi no stand de literaraura, neste festival
que a poesia e literatura negras e artistas plásticos negros tiveram suas
primeiras oportunidades.
Zózimo Bulbul e eu eramos os
"coordenadores" da Ala de Passistas "Alam'bique" do GRANES
QUILOMBO. Ala onde desfilava poetas e artistas negros.
No desfile de em que o QUILOMBO teve como tema
"90 DE ABOLIÇÃO" nossa ala desfilou como"comissão de frente"
"eramos" ex-escravos "negros fujões" com correntes
arrebentadas no pulso. uma das coreografias da ala era o punho esquerdo fechado
e levantado em homenagem aos panteras negras.
Candeia já havia falecido e a direção da escola, o
concelho deliberativo e a direção de harmonia esta "entregue" a
negros globais, moderados e troktistas que tentaram por varias vezes durante o
desfile na rio branco impedir nossa coreografia pantera/maoistas.
Com outro dos nossos grandes mestres, Ari Araujo, Zózimo organizou na Universidade Candido Mendes o Evento "SAMBA E
LINGUAGEM POÉTICA fundamental para a integração
"samba&academia& linguagem poética negra".
Para além do que o obituário do O Globo
"revela" Zózimo Bulbul, embora um ator de enorme talento, por sua
assumida ação negra comunista revolucionaria quase sempre era boicotado dentro
da própria globo, algumas vezes mesmo, por atores negros de "certo"
poder dentro do "núcleo de teledramaturgia" global. Alguns desses
aparecem nos telejornais globais dando entrevista e chorando "lagrimas de
crocodilo".
Talvez tenha falado muito mas bem de Zózimo Bulbul
aqui nesta mensagem. Mas tenho certeza que não consegui nem um pingo de í
diante de tudo que falta e é preciso dizer de Bulbul.
Aché, Amor Livre e Luta!
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